quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Català

Quem me apresentou à língua catalã foi meu amigo Caio Leonardo. Naquela época, nos anos 80, existia no centro de São Paulo, perto da Praça da República, a Livraria Duas Cidades, que vendia livros em galego e catalão. (Sim: esta cidade já foi mais rica e mais interessante do que é! Triste decadência!)

Certo dia Caio me convidou para passear por lá, e foi um deslumbramento. Ele comprou um livro em catalão que me emprestou logo em seguida. Era Les Històries Naturals, de Joan Perucho, uma história de vampiro, publicada em 1960. Fiquei com o livro vários anos, mas não cheguei a lê-lo inteiro – limitava-me a folhá-lo e a encantar-me com aquela língua, que, além da óbvia semelhança com o castelhano, às vezes se parecia com o francês, outras vezes com o português, ainda outras vezes com o italiano e de vez em quando não se parecia com nenhuma língua latina. Minha mãe, sempre mais corajosa do que eu em matéria de leituras em língua estrangeira, leu o livro inteiro, e ficou tão apaixonada pela língua que comprou um dicionário de castelhano-catalão.

O tempo passou e, embora eu jamais tenha perdido o fascínio pela língua catalã, apenas agora surgiu-me a oportunidade de dar mais um pequeno passo em direção a esse universo não tão distante. Estou fazendo um curso de língua e cultura catalãs para iniciantes oferecido pelo Serviço de Cultura e Extensão Universitária da FFLCH-USP. É um curso bem curto, de apenas 8 ou 9 aulas de duas horas, mas é um começo! Primeiros passos.

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