domingo, 15 de janeiro de 2012

Downton Abbey, Edwin Drood & Sherlock 2.01

Downton Abbey: Depois da ótima temporada 1 e um bom início na temporada 2, os elementos de soap opera que, a bem da verdade, já existiam desde o começo, passaram a predominar a partir do episódio 5. O episódio 6 foi o pior de todos - soap opera de péssima qualidade. Os dois últimos episódios não foram tão ruins, mas já não havia como recuperar a temporada. O especial de Natal, apesar da beleza dos cenários, teve falhas evidentes. Os detalhes do julgamento foram totalmente inverossímeis, e aquela trama paralela do cachorro… patética. Apesar disso, o especial até que conseguiu salvar algumas das tramas que estavam em franco declínio ou que já se arrastavam há tanto tempo que estavam se tornando insuportáveis. Gostei, por exemplo, da evolução da trama envolvendo Daisy. E com a trama amorosa central aparentemente resolvida (de modo absolutamente previsível, e com diálogos e cenas forçadas, repetitivas e entediantes), talvez a série possa seguir novos caminhos na temporada 3. De qualquer forma, fiquei bastante decepcionada com essa segunda temporada, diante do que havia sido apresentado na primeira.

The Mystery of Edwin Drood: Foi interessante ver um Dickens mais dark, mais “psicológico” e um pouquinho menos moralista! Talvez porque não foi ele quem escreveu o final… Matthew Rhys fez um ótimo trabalho no papel principal. Como costuma acontecer em histórias de Dickens, há papeis secundários muito interessantes, e o elenco esteve à altura. O jovem ator Alfie Davis, de dez anos, que fez o menino Deputy, foi um dos pontos altos, junto com David Dawson, como Bazzard.

BBC Sherlock 2.01 (A Scandal in Belgravia): Hoje a BBC apresentará o terceiro e último episódio da segunda temporada, mas eu, por enquanto, só pude assistir ao primeiro, que é baseado no conto "A Scandal in Bohemia”, de Conan Doyle. O que eu posso dizer a respeito de A Scandal in Belgravia? Uau. Os diretores, Moffatt e Gatiss, conhecem muito bem as histórias originais de Sherlock Holmes e fazem um trabalho brilhante de reescritura, adaptando-as ao mundo contemporâneo e usando uma linguagem cinematográfica também contemporânea. Neste episódio, Sherlock trava um duelo cerebral (e sentimental, e erótico!) contra Irene Adler, “The Woman”. É um episódio complexo, muito bem escrito, muito inteligente. Há um diálogo constante com as histórias originais, muitos jogos de palavras. É o tipo de episódio que precisa ser visto mais de uma vez para que todos os detalhes possam ser absorvidos. Essa série dá também vontade de reler as histórias originais para entender melhor todo o jogo intertextual.

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