sexta-feira, 27 de setembro de 2013

“Highlights” do XI CONGRESSO INTERNACIONAL DA ABRAPT e V CONGRESSO INTERNACIONAL DE TRADUTORES

  • Em primeiro lugar: a tradução simultânea e interpretação para a Libras das palestras, mesas-redondas, alguns simpósios e – o que mais me surpreendeu e encantou - das apresentações musicais. Em especial: foi uma experiência fascinante ter a minha comunicação traduzida/interpretada para a Libras.
  • Gostei da conferência de Judith Woodsworth. Eu não sabia do envolvimento de Gertrude Stein com (pseudo?)-traduções. Fiquei com vontade de ler Three Lives (que seria baseado nos Três Contos de Flaubert – um livro que admiro muito).
  • Gostei muito da mesa-redonda sobre a tradução de Shakespeare – principalmente da parte da Profa. Marcia A. P. Martins (PUC-RJ) sobre a adaptação das obras de Shakespeare para mangá.
  • O simpósio de que participei, Paratextos: Visibilidade, tradução e discurso, foi de alto nível e propiciou discussões interessantes – uma delas sobre o uso de notas de rodapé por parte do tradutor. Em sua instigante comunicação, Gustavo Althoff (PGET/UFSC) defendeu o uso das notas, junto com o de outros peritextos, nas traduções de obras de filosofia. Francisco César Manhães Monteiro, por outro lado, criticou o uso pedante das notas por parte de alguns tradutores.
  • Acompanhei parcialmente outros quatro simpósios: História e Historiografia da Tradução I – Brasil; História e Historiografia da Tradução II – Outros Países; Tradução Literária; e A tradução como espaço do provisório e do intraduzível: relações de tempo e espaço entre as línguas. No simpósio Tradução Literária foi discutida a dificuldade em se conseguir que as editoras brasileiras aceitem a tradução de dialetos ou o uso de diálogos mais próximos da oralidade. No simpósio A tradução como espaço do provisório e do intraduzível: relações de tempo e espaço entre as línguas também se discutiu o uso de notas de rodapé. Alguns participantes se declararam a favor, outros contra, mas parece haver uma unanimidade no sentido de se reivindicar uma maior autonomia do tradutor na decisão de incluir notas ou não. Nesse simpósio, achei especialmente interessante a comunicação da Profa. Dra. Viviane Veras (IEL-UNICAMP), que falou sobre “o intraduzível” – um de meus temas prediletos.
  • Apesar de todas essas palestras, mesas, comunicações e discussões interessantes, o melhor mesmo de todo congresso acadêmico é encontrar amigos, colegas e estabelecer novos contatos. Nesse aspecto, esse Congresso da ABRAPT foi altamente positivo, pelo menos pra mim.

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